Sou a Belinda
Mulher portuguesa, com raízes no Alentejo, mãe de duas crianças a viver numa pequena aldeia rodeada de árvores. É a dançar e a escrever que sou mais feliz. Adoro questionar, aprender sobre a essência e sobre os mistérios da vida, do ser humano e de mim própria.
De signo solar gémeos, adoro comunicar com o mundo e conhecer novas pessoas, tenho também muita energia escorpiónica, questiono o lado mistérico da vida e gosto de ir profundo na minha transformação pessoal.
Acredito que os maiores tesouros do ser humano estão escondidos na sua sombra. Nas minhas buscas pessoais, atrevi-me a atravessar esses mundos sombrios até reencontrar-me, só assim a minha essência e autenticidade se alinharam. Procuro agora o caminho do meio, integrando e observando a sabedoria dos ciclos naturais da vida, morte, vida.
Formei-me em engenharia do ambiente pela minha admiração e cuidado com o meio ambiente, mas é nas práticas de yoga, ecologia feminina, alimentação orgânica, xamanismo Ibérico e sexualidade sagrada que encontro partes de mim e me integro neste mundo, entre o sagrado e o profano, onde me coneto à Mãe Terra, aos mundos vísiveis e invisíveis!
Acredito profundamente na conexão da mulher com a ecologia do lugar onde habita, com a comunidade que a rodeia, com as árvores, os pássaros, as ervas, as plantas e os alimentos da terra ao seu redor. Acredito que uma mulher que cuida do seu corpo, mente e espírito é também uma mulher mais conectada aos ciclos da Terra e mais responsável por cuidar deste planeta e dos seus seres!





Sou Mulher Medicina
Guardiã de círculos sagrados, instrutora de yoga para mulheres e mamãs, sou doula e educadora perinatal, sou uma eterna aprendiz de xamanismo ibérico e a atual estudante de sexualidade sagrada.
Sou a visionária do projeto A Venda (taberna e mercearia), um lugar que os meus avós maternos me deixaram, cheio de magia, convívio, alegria e sentido de comunidade. Adoro viver numa pequena aldeia rodeada de pessoas que me conhecem desde criança, sendo também um grande desafio por ser um meio mais pequeno e isolado.
No meu trabalho com mulheres procuro apoiá-las no resgate do seu poder pessoal, na ecologia com o seu corpo erótico e intuitivo e com todos os elementos, resgatando a integridade da relação com o meio e com as pessoas que as rodeiam.
Resgatar o corpo da mulher como um verdadeiro templo, cheio de belas paisagens, fortalecendo a sua intuição, transformando a sua alquimia interna, relembrando que a verdadeira medicina habita dentro de nós, apenas foi esquecida, calada.
Nas minhas aulas e sessões utilizo o yoga, o xamanismo ibérico, a ecologia feminina, a sexualidade sagrada e consciente, o movimento orgânico, a respiração, a meditação, a escuta do corpo, a escrita e a oralidade para transmitir a sabedoria que chega através de mim e dos meus "canais" de intuição, usando também as minhas experiências pessoais e as minhas pesquisas.

Minha Biografia
Cresci numa pequena aldeia no Alentejo dentro de uma mercearia e atrás de um balcão na taberna dos meus avós maternos, rodeada de um universo masculino.
Sempre fui arisca, mandona, dançarina e revolucionária. Sempre gostei de ser pioneira, começar coisas diferentes, abrir caminhos no lugar onde escolhi viver.
Estudei engenharia do ambiente e higiene e segurança no trabalho mas no final do curso comecei a ter dores na coluna que me levaram a procurar a prática de yoga em 2007. Daí fui conhecendo mulheres que aguçaram o meu interesse pela saúde menstrual, ecologia feminina, sagrado feminino, maternidade, paganismo, xamanismo, sexualidade consciente e por aí adiante.
Em 2009 tive o meu primeiro despertar com um surto psicótico. Nessa altura, apenas as minhas asas ganharam força e as minhas raízes soltaram do chão.
Eu via, sentia e escutava em demasia todo um mundo invisível. Fui hospitalizada, regressei e continuei a fazer os meus caminhos de auto-descoberta.




Passado pouco tempo engravidei
E dei à luz a minha primeira filha, foi então que entendi a força transformadora de um parto. Sentia-me imensa por ter tido um parto maravilhoso e desejava que todas as mulheres pudessem vivenciar algo tão poderoso. Despedi-me e dediquei-me à maternidade, comecei então a estudar mais profundamente o sagrado feminino, yoga para mamãs e tornei-me doula já grávida do meu segundo filho em 2015. Foi então, grávida e já mais cansada, que comecei a sentir-me diferente. O parto correu bem, mas foi bem intensa a experiência, a verdade é que dar à luz um menino veio trazer todo um lado sombrio que até aí eu não tinha trabalhado profundamente. Entrei numa espiral descendente, com uma psicose puerperal culminando com a separação e com o meu regresso ao hospital.
Os médicos diagnosticaram-me de bipolar e quiseram-me medicada para sempre.
Aceitei a medicação e o diagnóstico mas sabia que havia algo mais por trás desta experiência. Regressei à vida completamente amorfa, sem vontade para criar os meus filhos tão pequenos. Foram tempos em que desapareci, eu não me via, ne ouvia. Apenas existia. Nada tinha vontade de fazer, era como se a minha anima tivesse desaparecido.

No entanto eu continuei...
a fazer formações, retiros e workshops presenciais. Apesar da medicação deixar-me completamente dopada eu continuava a desbravar caminho de forma subtil. Eu preocupava-me em ter de tomar a medicação corretamente, mas eu estava longe de estar ativa e presente para com os meus filhos, família e amigos. Comecei a sentir os efeitos secundários da medicação! Comecei então a fazer o desmame com a aprovação do médico. Voltei a ter interesse por ler, por cuidar de mim e comecei a deixar a medicação gradualmente, fazendo as minhas práticas, rituais de enraizamento, meditação, yoga e limpeza do corpo através de alimentação, detox's, jejuns e hidroterapia do cólon. A minha vida transformou-se. Os meus sentidos, intuição, vontades e desejos regressaram. Comecei a escrever os meus projetos, a estudar, a intuir caminhos, a sentir a ancestralidade a apoiar-me na cura, amor e reconexão. Afinal eu não era louca, nem doente, apenas mulher, cíclica, sensitiva, muito intuitiva e com caracteríticas únicas e só minhas.
Aceitando isso, eu vivo agora sem medos. Vibro no amor pelo meu corpo, pela minha história e aceito o que ainda tenho a aprender e a melhorar.
Sinto-me livre, inteira e responsável pela vida que crio.
Estou contigo, respirando de mãos dadas para juntas caminharmos e regressarmos ao nosso corpo-templo.


