Desligar.
Lembro-me de há muito tempo atrás, quando entrei na minha primeira aula de Yoga, ter ido à procura de cura para as minhas dores nas costas, a professora tratou logo de me pôr em sentido dizendo-me que ali não se tratavam dores nas costas... Eu continuei a fazer as suas aulas mesmo sabendo que o que ela que me dizia não fazia de todo sentido. Continuei a procurar. Continuo a procurar um alinhamento maior com o meu coração. É para aí que quero ir.
Mas no caminho quero fazer este exercício de agradecimento, merecimento, perdão e respeito.
Quero agradecer-me por nunca ter desistido, mesmo quando a vida parecia parada e apática e quando as noites eram longas e sós. Quero agradecer-me por ter escolhido o caminho das sombras em vez do caminho luminoso. E quero também perdoar-me. Perdoar-me por me ter perdido tantas vezes, por ter feito tantos atalhos, por apenas querer perdoar os outros quando é a mim a quem devo pedir perdão em primeira mão. Muitas vezes também espero respeito, respeito por ser mulher, por ser mãe, filha e irmã. Mas reaprendi a perguntar-me onde é que eu não me respeito? Em que situações da minha vida eu não estou a respeitar os meus limites, em que deixo de ser eu e compactuo com as ideias e vontades dos outros?
Serei uma eterna aprendiz nestas artes da gratidão, do merecimento, do perdão e do respeito.
Claro que fazia sentido estender este agradecimento a tantas pessoas que passaram por mim, à minha família, aos meus filhos, às minhas amigas e amigos, às mulheres medicina e à minha tribo no alto Alentejo com quem vivi e aprendi tanto, aos homens por quem me apaixonei,.... mas fui eu quem fez por merecer estas relações, boas ou menos boas.
Eu mereço a mim mesma este reconhecimento, este perdão, este respeito.
Eu mereço 🧡
25 de Julho, dia fora do tempo no calendário Maia, é um dia de conexão, de balanços, de observação interior, de desejos para um novo ciclo que começará amanhã dia 26 de Julho 🌱
Já vos contei que cozinhar é medicina para mim 🧡
Procurei mil e uma dietas, fui vegetariana. Deixei de ser. Tomei medicamentos, Adoeci. Emagreci. Engordei. A alimentação é algo importante na minha vida e que por vezes descurei. A minha avó e a minha mãe eram cozinheiras numa taberna de aldeia. Vivi rodeada de petiscos e coisas boas vindas do campo, carne de qualidade, ovos, legumes, fruta da época, peixe do mar, vinho feito pelos vizinhos, água da fonte. Gosto de cozinhar, adoro os pratos da minha mãe e adoro ir a um bom restaurante comer e beber um bom vinho. Mas também sou uma apaixonada por alimentação saudável, saladas, sumos detox e jejuns. No meio disto tudo é importante encontrar um equilíbrio e não cair em extremismos. A cozinha, tal como a dança, são paixões que pus em prática vezes a menos na minha vida, mas as vezes que o fiz fui verdadeiramente feliz. Cheguei a cozinhar para retiros e cozinhei na Venda juntamente com a minha mãe, dancei num rancho folclórico quando sai do curso superior, era uma forma de me voltar a ligar às pessoas da terra. Dançar e cozinhar são coisas que gosto muito de fazer e são formas preciosas para nutrir o meu corpo e a minha alma, ajudam-me a retomar o centro, a conectar me com a minha essência e a vibrar alto. E a ti, o que faz vibrar?